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A mostrar mensagens de abril, 2012

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Comida de conforto...

Para mim, a comida é muito mais do que simples comida... É muitas vezes uma forma de recordar pessoas, momentos ou locais... Para mim, há iguarias que me fazem levitar, me aquecem a alma, me dão conforto ou simplesmente me transportam ao passado, a datas recônditas da minha existência, a momentos onde me sinto bem. Hoje trago um prato da minha infância, daqueles que considero de conforto e que faço quando não sei o que fazer, ou quando tenho pouco tempo... Quando era criança recordo-me de falar com algumas amigas sobre este prato e nenhuma delas alguma vez o ter provado. "Esparguete com bacalhau??? Arroz com bacalhau conheço, agora esparguete com bacalhau é muito estranho..." Para mim era um manjar celestial! O topo dos topos, só ultrapassado pelo arroz de atum, que numa próxima oportunidade colocarei aqui... Claro está que o trouxe comigo quando comecei a cozinhar e é um dos pratos que mais vezes faço lá por casa. Até a minha Joaninha, avessa ao peixe, come! Ontem o bacalhau

Simplicidade, renovada.

O primeiro prato que cozinhei na minha vida foi bifes de frango com cogumelos e natas... Era algo que não fazia parte do repertório culinário da casa dos meus pais e quando me vi, pela primeira vez, em casa própria, foi o primeiro prato que resolvi experimentar. Foi um sucesso e ultrapassou qualquer expectativa. Rapidamente arranjei forma de adaptar a receita às necessidades (aproveitamentos de frango assado, por exemplo) e fazer pequenos melhoramentos. E a verdade é que de há 9 anos para cá muitas foram as alterações feitas, dependendo dos apetites ou do que o frigorifico continha. A última alteração que fiz foi em resposta à intolerância à lactose da minha Joana... Utilizei natas de soja. Surpreendentemente o resultado foi melhor do que estaria à espera. Não só não notei qualquer diferença, como foi muito apreciado.Com caril, com mostarda, com frango, com Peru, com ou sem cogumelos, esta é daquelas receitas simples que está sempre pronta em três tempos. Desta vez com cara renovada! _

Olhos em bico, mas pouco...

Ultimamente, cá por casa, andamos numa onda internacional... Neste percurso pelos cinco continentes, desta vez resolvemos fazer uma paragem ali para os lados da China... Quando abriram os primeiros restaurantes chineses em Portugal, confesso que fiquei fã. Especialmente dos pratos na chapa quente, das misturas de vegetais e das massas. Mas o que mais gostava era mesmo dos crepes e o arroz chao-chao! Ainda hoje tenho saudades... Falo no passado porque deixei de ir a restaurantes chineses... Desde as ultimas notícias de produtos chineses de restauração encontrados em avançado estado de decomposição fui incapaz de voltar a entrar num... Talvez por isso tenha tentado replicar cá por casa alguns dos pratos... Claro está que não saem exactamente iguais, mas garantidamente deu para matar a saudade! E tenho a certeza da qualidade dos produtos que estou a levar à boca... ____________________________________________ Noodles com frango e camarão [serve 4 pessoas] Ingredientes : - 2 'ninhos

Um passeio

Há já algum tempo que andava para experimentar um turismo rural... Confesso que estava com algum receio. Por vezes tem mais de rural do que turístico... E refugiam-se um pouco no conceito rural, para justificarem a falta de infra-estruturas ou mesmo de preparação para acolher turistas. O que me fascina no conceito de turismo rural é o isolamento, o barulho da natureza, o ar puro... A simplicidade das coisas simples a que nem damos conta no corre corre dos dias. No início do mês tive a minha primeira experiência com um agro-turismo. Os comentários deixados no booking e o título do 'melhor pequeno-almoço do mundo' conquistaram-me... Bem... Fica para os lados de Odemira. Não serve almoços nem jantares... Mas honestamente quando vi que a opinião era unânime em relação ao pequeno-almoço, confesso que reservei de imediato... O Mário não percebe esta minha tara... Costuma dizer 'porquê essa obsessão com o pequeno-almoço se depois comes sempre leite com café e torradas?' Ele t

Há sobremesas que são verdadeiros pecados da gula!

Cá por casa ainda se comemora o aniversario do Mário... Sim, já passou um mês, mas como se meteu a Páscoa pelo meio... Ainda andamos a receber amigos/família, para lanchar/jantar. Não me chateia mesmo nada porque acabo por ter voluntários à força para provar as minhas experiências, hehehe... Como a refeição estava decidida, resolvi improvisar na sobremesa. Apetecia-me chocolate... Mas queria algo entre a mousse e o bolo de chocolate... Como não me decidia, lembrei-me: "porque não fazer um bolo de mousse de chocolate?" "Não deve ser difícil", pensei eu... "Pego na receita de mousse que costumo fazer, tiro uma parte e junto farinha, levo ao forno e faço um bolo. Deixo arrefecer e cubro com mousse..." E confesso que foi mesmo assim, zás trás está feito... E garanto que será para repetir muitas e muitas vezes... É simplesmente divinal... Um verdadeiro pecado da gula... Nota: o fotografo residente do blog é o meu marido. Este bolo ficou tão bonito que foram inú

Sabores Mexicanos

Adoro comida mexicana! É um facto indiscutível! Gosto do picante qb, gosto das misturas de sabores, gosto de tudo. A primeira vez que comi comida mexicana foi no México. Não foi a melhor experiência do mundo... Hotel 5 estrelas, comida para turista e pouco ou nada de comida verdadeira... Perdi 3 kg nessas férias e a minha alimentação resumia-se a totopos (tiras de milho) com Pico de Gallo (um 'molho' típico mexicano) ao pequeno-almoço, almoço e jantar... Anos mais tarde aconselharam-me o Restaurante Siesta em Algés. Depois de alguma resistência, lá resolvi arriscar... Já lá vão quase 6 anos e o Siesta tem hoje um enorme valor afectivo... Foi lá que eu e o Mário começamos a namorar. Quando estive grávida não havia uma semana em que não comesse lá pelo menos uma vez. Foi o primeiro restaurante onde fui com a minha Joana, devia ter ela 2 semanas de vida... Enfim faz parte das nossas recordações mais queridas. No entanto, as recentes experiências têm deixado um pouco a desejar... S

Um bolo a terminar a noite.

Para jantar fiz abóboras recheadas com bacalhau, receita do livro 'Velocidade Colher' da Susana Gomes. Tornou-se uma receita habitual cá em casa, assim como as caixinhas com restos de abóbora cozida que se amontoam no congelador. Assim que coloquei as abóboras recheadas no forno, percebi que tinha 20 minutos para arranjar um destino doce para o resto de abóbora cozida! E assim nasceu este bolo... Não sobrou uma migalha para contar história de manhã... _____________________________________ Bolo de abóbora, noz e laranja Ingredientes : - 100 gr de miolo de noz - 100 gr de farinha com fermento para bolos - 160 gr de açúcar amarelo - casca de 1 laranja (sem parte branca) - 4 ovos L - 50 gr de azeite - 1 colher de chá de bicabornato de sódio - 1 colher de chá de fermento para bolos - 1 colher de chá de canela - 240 gr de abóbora cozida - 35 gr de sumo de laranja - manteiga e farinha qb para barrar forma - açúcar em pó qb para polvilhar Preparação : Pré-aqueça o forno a 180 graus. Co

Favas contadas...

As bancas de legumes na praça foram inundadas por favas! Algumas ainda dentro da vagem, outras já prontas em sacos, para responder a todo o tipo de procura! Já me tinha questionado quando é que iriam aparecer à venda. Nos pedaços de terra disponíveis ao longo das estradas, há muito que já tinha visto os favais em flor... Fez-me recordar da minha infância... De quando a Bia me punha a descascar as vagens de ervilhas e de favas para me entreter... A Bia era a senhora que tomava conta de mim e do meu irmão... Era uma cozinheira de mão cheia. Eu adorava a tarefa, sentia-me mais crescida e útil, do cimo dos meus 5 anos. E assim passava o tempo... Hoje em dia já se pode comer favas o ano inteiro... Há produtos congelados bastante bons e a um preço simpático. Mas não resisti à tentação de comprar, na banca do costume, aquelas vagens verde escuro... Podia ter comprado já descascadas, mas já que tinha resolvido comprar favas frescas, quis-me sentir o mais próximo da natureza que me era possível

Mais uma fornada... Oh LáLá!

Este foi o fim-de-semana das fornadas de pão e companhia, já que entre uma experiência e outra, ainda houve tempo para fazer scones... Desta vez estava planeado fazer baguetes, daquelas bem estaladiças... Já tinha tentado fazer quando tinha a máquina de fazer pão, mas não gostei do resultado... Resolvi experimentar com a Bimby! Ainda que não tenham ficado iguais às baguetes de compra, confesso que gostamos muito do resultado final cá por casa. É uma boa variante ao pão que costumamos fazer para a semana! _________________________________________ Baguetes [faz 5 baguetes] Ingredientes: - 1 kg de farinha T65 - 40 gr de fermento de padeiro - 40 gr de margarina - 10 gr de açúcar - 10 gr de sal - 15 gr de leite em pó - 380 gr de água Preparação : Dilua o fermento num pouco de água tépida (se tiver o fermento congelado, basta colocar no copo e dar dois golpes de turbo). Colocar todos os ingredientes no copo e programe 5 minutos, velocidade espiga. Coloque a massa já dividida em baguetes num

Doces e companhia...

Esta é uma daquelas épocas do ano que eu adoro... Há morangos à venda por todo o lado! Adoro morangos, pela facilidade com que se comem e pela versatilidade com que os podemos utilizar na cozinha. Seja em doces, seja em salgados. Uma das coisas que nunca reuniu muito a minha simpatia foi a compota/doce de morango... Confesso que baseei a minha opinião em doces de compra e acho que isso acabou por ser determinante... Mas este ano a fartura de morangos tem sido tanta que resolvi fazer doce. Não apenas para consumo próprio mas também para oferecer no Natal, nos cabazes personalizados que há já dois anos que faço! Realmente é chato fazer doces numa época do ano em que há menos variedade/oferta de fruta. Assim, posso fazer já uma parte dos doces, aproveitando as frutas sazonais e libertando-me um pouco mais da azáfama dos dias que antecedem o Natal. Não é nada de complicado ou transcendental fazer doces em casa. E com alguns truques é impossível correr mal! E o resultado nada tem a ver com